Matemática aventureira
Algarismos significativos
duvidoso mesmo os anos que contornam o meu rosto
adição nefasta de tristes linhas
depois de matemáticos
anos incríveis, encantar
agora na divisão de eras
a volta ao passado impossível !
trilhos emotivos
moviam bondes, trens
homens e mulheres de chapéus e bem trajados,
viajavam com tantas flores no caminho
pássaros cantando, art nouveau embelezavam as casas
hoje, linhas imprecisas deixaram de desenhar a alegria
agora, viagens longas em veículos modernos
desanima o viajar sozinho
pessoas com diminutos olhares para presença humana
cada ser com olhares precisos, fixos
para a tela do smartphone
viagem longa
humanos imprecisos
com a importância ao destino chegar !
eu quero menos desta felicidade passageira !
salienta nada o amor desproporcional
matemática aventureira dos meus cismares
duvidoso a quantidade de saudade
que se tem no poço do meu coração
ela faz conta de multiplicação
Continua...
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de agosto de 2023 15:42
- Comentário do autor sobre o poema: Vista da rua José Bonifácio com a rua Quintino Bocaíuva — Foto: Aurélio Becherini/Estadão Conteúdo/Arquivo; Fábio Tito/g1 1929
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
- Usuários favoritos deste poema: Lia Graccho Dutra
Comentários5
O passado está escrito em nossas faces. Tudo tão verdadeiro! E o progresso exterminando o futuro. Bravo,poeta!
Poeta , Corassis:
Podemos sentir
saudades.
Mas o passado
não volta mais.
Contudo, tudo
que foi visto,
sentido e
vivido
faz parte
de nós.
Já agregou-se
a nossa história
e ninguém
nos tira.
Às vezes,
é bom recordar.
Noutras é melhor
não lembrar!
Carinhoso abraço,
Lia
Ficou muito bem escrita sua poesia poeta Corassis... São realidades distintas... Mas todas verdadeiras e cada uma com seu impacto na sociedade! Uma verdadeira matemática aventureira... Toda essa viagem no tempo, pelas arquiteturas, vestimentas e comportamentos sociais de cada época... As importâncias que se tinham das coisas... O observar o trajeto de viagem...
Eu me lembro que quando criança, fui pra Minas Gerais na casa dos meus tios. Fui de trem... Era maior alegria ficar olhando a paisagem sabe no caminho!! É uma lição de vida.. e bem mais aproveita a vida quem sabe apreciar o trajeto... !
Um abraço carinhoso meu amigo!
Gosto muito de ler suas poesias!
Somos de uma geração saudosista, a geração sentimental. Como bem escreveste: " linhas imprecisas deixaram de desenhar a alegria
agora, viagens longas em veículos modernos
desanima o viajar sozinho"
Parabéns, querido amigo!
Caro poeta Corassis, a saudade de algo que nos toca o coração sempre fica, mas a vida continua...um abraço!
Boa tarde e até breve!
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