DOCE INFÂNCIA

Lia Graccho Dutra

Não sou mais aquela

menina de trança.

Mas tenho saudade

da minha infância.

Do meu mundo de criança.

Colorido e cheio de esperança.

Do meu balanço no pé de cinamomo.

Onde voava até chegar a copa.

Tenho saudade da minha criança.

Daquela Lia de inocência pueril.

De olhos vívidos e brilhantes.

Tão falante e alegre.

Tão sensível e chorona.

Que gostava de brincar livre

no quintal da casa da vó.

O lar onde vivi até ela partir.

Saudade do aroma do café

que vinha da cozinha.

Do sabor delicioso das comidas

preparadas pela minha madrinha Isolina.

Contudo, a maior saudade é das pessoas

que fizeram parte da minha vida

nessa época.

Quase todas não estão mais aqui.

Minhas referências,

meus princípios e valores

vieram de lá.

Da minha infância, doce infância!

Fui amada, acarinhada, cuidada e mimada.

Tempo bom que ficou para trás

e não volta mais.

Tudo transformou-se em memórias.

Foi o início da minha trajetória…

(Por Lia Graccho Dutra )

 

Comentários +

Comentários7

  • Vilmar Donizetti Pereira

    Cara poetisa Lia, parabéns pelo seu belo poema em reminiscência do genuíno e insofismável tempo pueril! Tenha uma abençoada noite! Um abraço carinhoso.

    • Lia Graccho Dutra

      Boa noite,
      poeta Vilmar:

      Por incrível que
      pareça essa poesia
      é o primeiro
      escrito
      que fiz
      sobre
      a minha
      infância .
      Tive essa
      inspiração
      ao comentar
      o belo poema
      “ Mandacaru…”
      da poeta Leide
      Freitas.
      Gratidão
      pelo carinho
      e amizade!

      Grande abraço,
      Lia

    • Mariany A.N Dutra

      Querida Lia! Mui graciosa sua poesia de infância, que lindeza viu! É muito bom poder relembrar com carinho essa fase de nossas vidas ... Os tempo de inocência e de pureza. Quem teve essa oportunidade de viver uma infância digna que toda criança deveria ter, em um ambiente saudável, com a família, o amor dos pais... são privilegiados.. podemos assim dizer... Me fez lembrar a minha também.. me identifiquei bem com seus relatos! E em sua poesia de infância, transparece a pessoa adulta que você se tornou.. uma mulher incrível!

      Adorei viu! E como sempre, ótima escrita, e a foto está linda, essa trança bem bonita!
      Um grande abraço!

      Com carinho, Mary! S2

      • Lia Graccho Dutra

        Boa noite,
        poeta Mary:
        Minha parente de S2!

        Tenho boas
        lembranças
        do meu
        tempo
        de criança.
        Lembro-me
        que tinha
        a cabeça
        cheia
        de ideias.
        Queria
        viver
        todas
        as
        aventuras
        dos
        livrinhos
        que lia.
        Bem coisa
        de criança!
        Kkkkkkk
        Morei na casa
        da minha querida vó,
        que também foi
        uma das minhas
        mães até os 11 anos.
        Quando ela se foi,
        fui morar na casa
        da minha mãe.
        Demorei a me
        adaptar…
        Mas contornamos
        as dificuldades.
        Muito obrigada
        pelo lindo e
        verdadeiro
        comentário!

        Ótimo final de semana!
        Carinhoso abraço,
        Lia S2

        • Lia Graccho Dutra

          Obrigada, querida Mary!
          Essa trança ficou bem
          bonita mesmo!
          A pessoa da foto
          sou eu mesma
          já na fase adulta.
          O cabelo também
          é meu, não é mega hair.
          Tirei essa foto quando
          servi de modelo para
          penteados em cabelos
          longos num Salão ,
          aqui da minha cidade.

        • Sergio Neves

          SERGIO NEVES - ...mulher...,...com esse teu escrito e com essa tua "trançada" imagem, trouxeste-me à lembrança a minha infância...,...eu realmente tive uma menina de tranças que se incrustou no meu coração...,...e, foi um troço "do outro mundo"...,...e olha que eu tinha muita pouca idade...,...mas,...foi um sentimento tão forte (fortíssimo!) que reverbera em meu ser até hoje -cada vez que me vêm à memória tal "episódio" ainda "estremeço",...o negócio foi muito forte...,...e olha que foi uma paixão completamente platônica -até mesmo pela infância que me era... / (...até mencionei esse fato num escrito meu de uma forma aparentemente "en passant", embora, intrinsecamente, verdadeiro... -e que tu até já leste)...,...bom,...falei demais sobre uma questão minha quando eu teria que falar de uma "questão" tua...,...e essa tua "questão" tá colocada como poesia em forma de prosa de uma forma sentidamente "arrasadora"...,...dá pra sentir, em cada linha, uma verdade vivencial que emociona...,...um relato belíssimo,..."de se fazer chorar"... / ..."Infância, doce infância!"... /// Carinhos a ti, ainda menina de tranças.

          • Lia Graccho Dutra

            Bom dia,
            poeta Sergio:

            Percebo que a
            minha poesia
            “ Doce Infância “
            mexeu aí
            nos seus
            conteúdos
            internos.
            Você era precoce,
            despertou para
            o amor romântico
            na infância.
            E deve ter sido
            um sentimento
            muito intenso.
            Eu despertei
            para o amor
            romântico,
            no comecinho
            da adolescência,
            aos 11 anos.
            Foi amor à
            primeira vista
            por um garoto
            da minha escola
            que na época
            tinha 14 anos.
            O nome dele
            era Carlos.
            Ele mudou
            de cidade
            e nunca mais
            o vi.
            Mas foi
            um sentimento
            muito forte,
            também.
            Pensei
            em dar
            o título
            para essa
            poesia
            de menina
            de trança,
            mas depois
            lembrei
            que tem
            uma música
            com esse nome.
            O período
            da infância
            é muito
            importante,
            porque
            tudo
            que
            somos
            hoje
            tem
            conexão
            direta
            com essa
            fase.
            Muito obrigada
            pela sua presença,
            carinhoso e amizade!

            Ótimo final de semana!
            Carinhoso abraço,
            Lia

          • victoremmanuel

            Belo poema.

            • Lia Graccho Dutra

              Bom dia, Vitor:

              Obrigada pela sua
              visita e comentário.
              Volte sempre!
              Bom final de semana!
              Carinhoso abraço,
              Lia

            • DAN GUSTAVO

              Lindo, lindo, linda Lia... ah, nossa infância querida, né Casimiro, eu, tantos poetas e agora também a linda Lia...?! Brinquemos agora de fazer versos, fazendo de conta ou vivendo com a poesia! Um ótimo sábado, minha irmãzinha em letras!

              • Lia Graccho Dutra

                Bom dia,
                poeta Dan Gustavo:

                Obrigada pela amizade,
                carinhoso e comentário!
                Nossa infância tem
                pessoas,
                imagens,
                sons,
                cores
                e
                sabores
                de saudade.
                Sigamos vivendo
                e poetando!

                Excelente findi,
                Irmão em Letra!
                Carinhoso abraço,
                Lia

              • CORASSIS

                Linda infância, lindos cabelos e lembranças !
                Quem não tem passado infantil , não pode ser feliz !
                suas memorias são lindas , parabéns.
                Abraço nobre Lia.

                • Lia Graccho Dutra

                  Boa noite,
                  poeta Corassis:

                  Obrigada poeta
                  pela sua presença,
                  gentileza
                  e comentário !
                  Tive bons e
                  felizes
                  momentos
                  na minha
                  infância.
                  Mas ,
                  também,
                  enfrentei
                  várias
                  dificuldades.
                  Nem tudo
                  foram flores.
                  Faz parte
                  da jornada
                  da aprendizagem.
                  Se tudo fosse
                  sempre bom,
                  bonito
                  e perfeito
                  não teríamos
                  a oportunidade
                  de saber a
                  diferença
                  entre o
                  significante
                  e o insignificante.
                  Gratidão, querido!

                  Carinhoso abraço!
                  Excelente domingo!
                  Lia


                • Antonio Olivio

                  Bela infância e que redundou em um belíssimo poema, cheio de energia e beleza!!!

                  • Lia Graccho Dutra

                    Muito obrigada
                    pela apreciação
                    e pelo carinho,
                    querido poeta
                    Antonio Olivio!
                    Feliz e doce
                    dia de domingo!
                    Carinhoso abraço,
                    Lia



                  Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.