Não sou mais aquela
menina de trança.
Mas tenho saudade
da minha infância.
Do meu mundo de criança.
Colorido e cheio de esperança.
Do meu balanço no pé de cinamomo.
Onde voava até chegar a copa.
Tenho saudade da minha criança.
Daquela Lia de inocência pueril.
De olhos vívidos e brilhantes.
Tão falante e alegre.
Tão sensível e chorona.
Que gostava de brincar livre
no quintal da casa da vó.
O lar onde vivi até ela partir.
Saudade do aroma do café
que vinha da cozinha.
Do sabor delicioso das comidas
preparadas pela minha madrinha Isolina.
Contudo, a maior saudade é das pessoas
que fizeram parte da minha vida
nessa época.
Quase todas não estão mais aqui.
Minhas referências,
meus princípios e valores
vieram de lá.
Da minha infância, doce infância!
Fui amada, acarinhada, cuidada e mimada.
Tempo bom que ficou para trás
e não volta mais.
Tudo transformou-se em memórias.
Foi o início da minha trajetória…
(Por Lia Graccho Dutra )