Não me faltam chãos
Careço é de voos
Os céus estão por aí
Não se acabarão nunca
Eu tive a lição da estrada
Trechos e atalhos inventei
Da minha incompletude
E fantasia brotavam versos
Se for prisão, viro vento
Há homens, e há gentes
Mas custa haver humanos
Não há grades ao pensamento
Minha alma escorre como rio
Segue fluida entre suas margens
É esse o caminho que me resta
E nesse chão o fluxo da vida
As vezes me faltam suspiros
Tantas vezes me sobram rimas
Noutras tantas outras certezas
Enquanto duvido do meu pensar
Da conclusão tenho o portanto
Em versos sem muito nexo
Em versos brancos e pretos
De um portanto portantíssimo
Não me faltam chãos
Careço é de voos
Os céus estão por aí
Não se acabarão nunca
Comentários1
Belo poema !
Notável inspiração
abraços.
Muito obrigado, meu amigo!
Grande abraço
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