Por Quê?

Cícero Ruan Barros Freire Ventura de Andrade

Vivo a vagar na escuridão

Dentro do meu quarto bagunçado

Nem tenho mais cama, só quero o chão

E essa monotonia que me deixa morgado

Não se cura com reza, prece, soro e nem feijão

 

Eu sou louco

É o que dizem

Mas louco é muito pouco

Me ajudem, se sensibilizem

Eu estou indo

Indo- me pouco a pouco

 

Tolice é pedir ajuda

Nessa terra de gente ruim

Só Deus nos acuda

Ninguém fará nada por mim

Nem uma reza com arruda

Tira esse quebrante assim

  • Autor: Freyre (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de junho de 2023 12:46
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 4
Comentários +

Comentários1

  • Letícia Alves

    Sensacional!

    "Vivo a vagar na escuridão
    Dentro do meu quarto bagunçado
    Nem tenho mais cama, só quero o chão
    E essa monotonia que me deixa morgado
    Não se cura com reza, prece, soro e nem feijão"

    A simplicidade com que você escreveu sobre uma dor e uma realidade tão pungente mostra como você desliza na escrita, fazendo a junção entre o que é vultuoso e infeliz com as expressões mais nordestinas que satirizam essa mesma realidade de forma natural. Tudo está tão bem interligado. Gostei muito desse teu poema.

    Abraços.



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