A indigência da minha alma
É algo gritante, visível
Ah, quem me dera fingir
Fugir da abominação que sou
E respirar com alívio.
O demônio do eu, no espelho
Tem uma expressão cansada.
Noites inquietas, consternações
De uma mente atormentada.
Desejando o inalcançável
Sendo escravo dos prazeres
Só reforça ainda mais
Minha escassez de víveres.
No apogeu de minha extravagância
Cheguei a pensar em suicídio, confesso.
Minha miséria me mataria
Se eu não transformasse a mesma em versos.
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Autor:
Renegado (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 24 de junho de 2020 23:46
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Comentários5
Bom desvendar a indigência da alma e conseguir ver esse demônio que o espelho apresenta; transformar isso em poesia é tarefa de gente grande... bem vindo... Poeta...
Muito Obrigado
Uau! Filho, você escreveu bem demais e traduziu bastante do que sinto. Parabéns!
Obrigado, compartilho dos mesmos sentimentos.
Os românticos da segunda geração gostavam de expressar o seu eu: decepções, demônios, melancolias e misérias e o faziam com maestria, estilística impecável. Você lembrou estes poetas, os ultra-românticos. parabéns Poeta.
Obrigado. Eles tem muita influência sobre meus versos.
Poesia que nos leva a refletir sobre nossa humanidade, da necessidade de encararmos nossas sombras e demônios...
E vc transmitiu a ideia com muita beleza e estilo.
Parabéns!
Abraço
Obrigado.
Escreveu com maestria!
Estilo marcante
Parabéns poeta
abraço
Obrigado amigo
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