A indigência da minha alma
É algo gritante, visível
Ah, quem me dera fingir
Fugir da abominação que sou
E respirar com alívio.
O demônio do eu, no espelho
Tem uma expressão cansada.
Noites inquietas, consternações
De uma mente atormentada.
Desejando o inalcançável
Sendo escravo dos prazeres
Só reforça ainda mais
Minha escassez de víveres.
No apogeu de minha extravagância
Cheguei a pensar em suicídio, confesso.
Minha miséria me mataria
Se eu não transformasse a mesma em versos.