PAIXÃO*
Oh! Efêmera paixão... Como ligeira me laças!
És tempestade de verão em máxima grandeza,
Que às trevas e aos fulgores rende graças,
E quando acalma, satura de paz a natureza!
Como Afrodite, imantada de ardileza,
O corpo, a alma, e o coração tu entrelaças!
Oh! Efêmera paixão... Como ligeira me laças!
És tempestade de verão em máxima grandeza!
Embora a insensatez no amor que tu abraças
Eu te saúdo, mesmo assim, ó terrível realeza!
Pois que és sonho, torpor que envolve com certeza,
O coração do incauto bardo que enlaças!
Oh! Efêmera paixão... Como ligeira me laças!
Nelson de Medeiros
(Rondel) @
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 23 de junho de 2020 09:14
- Comentário do autor sobre o poema: A paixão é efêmera mas é como um tornado que arrasa tudo em sua passagem, mas sobreve o resto ao redor.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 37
Comentários10
Parabéns pelo poema. A Paixão é avassaladora, mas como seria se ela não existisse?
É... Não seria nada bom. Poor isso ela vai e volta. Sai dum caminho e entra por outros a todo momento. `Ad vezes fica por muito tempo. Às vez3es êfemera.
valeu, menina
1 ab
Parabens pelo poema, Nelson. Rico em conteudo e rimas !
Obrigado amigo poeta.
1 ab
"Eu te saúdo, mesmo assim, ó terrível realeza!"
Paixão é como no meme "Deus me livre, mas quem me dera" kkkk
Descreveu com excelência e paixão! O coração até acelerou ao ler! Parabéns e obrigada!
Valeu mesmo,menina. Agradeço mesmo pois teus comentários quase sempre desperta lembrança e a inspiração me alcança.
1 ab
Valeu Nelson. Palavras muito bem dimensionadas.
Obrigado companheiro poeta.
1 ab
A paixão tem esse poder de encantar, renovar, inovar. É de fato uma realeza!
Com certeza, poeta,[
1 ab
Metapoema, apaixonado e apaixonante... Belo, Poeta...
A paixão é esse tornado que nos torna mais inspirados...
Abraço
DUELO
( O AMOR E A PAIXÃO)
É frio
É calor.
Um é quimera.
O outro é torpor.
Ele é paciente e espera.
É remanso lento de rio
Brisas que batem serenas.
A outra é brasa,
É fogo,
É cio.
Nociva como algumas falenas.
Ele é manso, calmo
e estelar
Pisca, brilha, adormece
E é como sereno no mar.
Ela é fulgaz
Roxa
Lilás.
Ele entontece
Ela adoece.
Uma revira as entranhas
O outro é música na alma
É melodia
Que acalma.
Ela é veloz
Feroz
Atroz!
Um é flor
É canção
É cor
Uma é paixão
O outro é amor!
Lindo o seu poema, Nelson. Te respondo com meu para enaltecer a grandeza do seu!
Sabes versar como poucos amigo Nelson,
a facilidade com que lidas com as palavras, me encanta demais!
parabéns,
Muito obrigado moç. Sempre um prazer receber um comentário seu.
1 ab
Um poema que faria inveja a qualquer poeta parnasiano, Nelson de Medeiros, pelos traços belos e refinados. Uma obra prima, parabéns!
Abraços
Sempre muito gentil e conhecedora da literatura poética.
Obrigado
1ab
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