Pensava que tinha uma pedra de ouro, Mas era só um cristal, um ouro de tolo, Que arrancava-lhe a carne e o couro E derretia todo o seu miúdo e mole miolo. E, no algar que dormia com o falso tesouro E que não sentia o seu desconsolo, Pensava que tinha uma pedra de ouro, Mas era só um cristal, um ouro de tolo. Enquanto não ouvia o tristonho agouro De quem nunca deu-lhe um pequeno bolo E na existência perdia todo o seu louro, E, entre a areia, os pedregulhos e o rebolo, Pensava que tinha uma pedra de ouro...
- Autor: Vilmar Donizetti Pereira ( Offline)
- Publicado: 8 de maio de 2023 12:22
- Comentário do autor sobre o poema: É um rondel.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários3
SERGIO NEVES - ...é, meu amigo, "ouros de tolos" estão sempre a nos "cair em mãos"...,...fazer-se o quê? // ...uma inspiração muito bem posta essa tua! /// Abçs.
Grato pela sua leitura, apreciação e comentário! Boa noite! Um abraço.
OURO DE TOLOS TEM MUITOS POR
AÍ ,SE NOS CAEM EM MÃOS PRECISAMOS DISCERNIR... AMEI SUA POESIA , POETA VILMAR PEREIRA, TOP, GOSTEI DE LER... OBRIGADA PELA PARTILHA! BOA NOITE!
Caríssima poetisa ND, muito obrigado pela sua leitura e interação e pertinente comentário! Boa noite! Um abraço.
Às vezes o faiscar nem sempre é de ouro nem brilhante e nos deixamos iludir,nos enganamos ou estamos fragilizados que que nem distinguindo o que está dentro da bateria: ouro de novo! Mas,o melhor é que aprendemos,mesmo sofrendo!
Muito obrigado pela sua bela interação e pertinente comentário! Bom dia! Um abraço.
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