POEMA DE AMOR (dialogando com Álvaro de Campos/heterónimo de Fernando Pessoa)
Há quem me ache ridículo
Que me exponho contraponho
Que me desnudo e não fico mudo
Ridículo é quem nunca amou
É quem não se permite
É quem não admite
É quem omite
Ridículo é ser covarde
Não permitir que o amor o invade...
Ridícula é a carta de amor não escrita
É aquela que é escrita
Fica guardada e restrita
Poema de amor é o que me faz transbordar
Delirar em belas ondas
Faz de mim e da tua estagnada maresia
Quebrarem em meu peito
Escritas versos e lindas poesias...
Ridículo e vazio é aquele que é fraco
De não dilacerar os seus segredos
De não se entregar ao coração
E vencer os seus medos
Há quem continue me achando ridículo
Pois que continue, que se omite
Que a vida só é vida a quem se permite
Vlad Paganini
Dedico essa poesia a todos que acham que me exponho ao ridículo e a todos que admiram a minha coragem de ser ridículo.
O que seria de todos nós sem esses poetas ridículos?
Viva o Amor!
Com todo meu amor para
Wanderson Alves
(photographer manager)
- Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de junho de 2020 08:07
- Categoria: Amor
- Visualizações: 13
Comentários5
Vlad, tocante!
Obrigado
bom dia querido amigo, muito grato. forte abraço!
Além de um belíssimo poema, acho que também sou "ridículo" meus enche de lágrimas, porque poesia é isso...
Abraços!
Não existe ridiculo em ser o que cada um é. Neste mundo que gira num universo sem fim, todos nos temos cada um um universo dentro da alma.
1 ab
10 pro teu poema
Nelson muito grato, ridículo é que realmente não ama. um forte abraço meu amigo.
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