O Cortiço Era o Autorretrato Desenhado!
Havia uma única luz no Lumiar!
Serena era a noite, e a lua enamorada…
Registrava uma merencória fotografia
Onde casais namoravam em duplo sentido…
Quão belo era seu anoitecer… quimera!
A noite parecia estagnada, seguia a garoar
Enquanto a solidão absorvia a madrugada.
Na estrada via-se o reflexo, espelho d'água!
E no sobrado o pensar acessível em divagar
— Havia silêncio e também sussurros
Sussurros dos ventos, também urros…
Uma sombra ríspida atravessava a esquina
Em diagonal para outro lado da estrada
O reflexo… era de um animal faminto!
Já não tenho certeza, apenas minha insônia
Aos olhos da imagem, seguia desalento…
O cortiço era o autorretrato desenhado!
Muito depois a lua desfez seu lagrimar
O céu estampou, fez as estrelas testemunhar
Luzes adentrar, abriu-se à janela da solidão
Todavia, a imagem retrata a ilustração!
E o cortiço era o autorretrato desenhado.
_ Ernane Bernardo
- Autor: Ernane Bernardo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de março de 2023 10:04
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários3
Nossa, que bonito Ernane!
Abraços!
Gratidão! Meu amigo poeta Shmuel, por seu comentário. Bom dia, abraços poéticos.
Grande amigo , bela inspiração !
Abraço .
Bom dia! Amigo poeta Corassis, o que seria dos poetas, se não existissem inspirações! Abraços poéticos.
Belo poema, poeta Ernane!
Palmas….
Gratidão! Poeta Lia Graccho Dutra, pela visita e pelo comentário, lindo dia, abraços poéticos.
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