Aviso de ausência de Chico Lino
NO
NO
PAU DE ARARA
Chico Lino
Contava com sete anos
Quando da sala de trabalho
De meu pai
Deixo a precisão redondinha
Das teclas de uma Remington
Vagueio pelo infindável corredor
Da cadeia pública de Colatina Velha
Busco algo que só crianças buscam
Atento a um som seco
Seguido de grito de dor
Desço escadas
Paro no canto da porta
Sem ser visto
O que vejo?
Era o pau de arara
- In Sentimentos do Rio Doce, 2016
- Autor: Chico Lino (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de junho de 2020 00:00
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
Comentários2
Teus poemas, como sempre, poeta, retratando o cotidiano com maestria.
1ab
Obrigado, Mestre... como já nos entendemos, é a fórmula encontrada para o exorcismo dos males incrustados nas pedras da memória... um excelente domingo, meu amigo...
Amigo, seu poema me transporta no tempo. Bela precisão de detalhes na construção da cena. E o inesperado final (embora o título de o "spoiler"). Parabéns, um abraço.
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