Pela janela vejo o mundo
Vejo as pessoas que nunca serei
As vidas que não são minhas
Experiências que nunca terei
Passos rápidos, passam lentos
Chegam e saem de seus destinos
De seus dias cheios
De suas vidas vazias
Vejo os carros com vidros fechados
Isolando o mundo do lado de fora
Dos segredos do mundo do lado de dentro
Pela vitrine vejo as crianças passarem
Os carros passarem, os sonhos passarem
Imagino histórias, invento enredos
Crio sentimentos, desfaço frustrações
E alcanço cada um
Com tudo que sou
Pela janela, vitrine da vida
Vejo que sou nada
Que tudo caminha sem mim
Que todos acontecem
Que tudo é e está
Sem mim.
- Autor: Crica Marques ( Offline)
- Publicado: 19 de junho de 2020 08:41
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 24
- Usuários favoritos deste poema: Ana Carmo
Comentários5
Crica, poema que nos envolve pelo enredo e beleza.
Percebo que você é poesia e nos alcança com tudo que é...
Abraço
Afetuoso abraço, Hébron, sempre bom ler seus comentários!
CRICA, ESSE BONITO POEMA É UMA BOA FORMA DE SE SITUAR NO MUNDO, ENTRE TODOS, O EU, QUE, CONFORME A ÓTICA, PODE SER NADA, OU TUDO
Exaro, amiga Cecília, somos tudo e nada, transitando pela vida e pelo mundo que se apresenta a nós. Abçs
Que belo! Belíssimo! Leio e releio você, Crica! Como escreves bem! Parabéns e obrigada por ser você! Engana-se apenas num detalhe...já não vivo sem você! Sua poesia está em mim! Não por acaso, lavo louça vendo tudo lilá rsrs agora serão as janelas que conversarão comigo! Beijos!
Ana, muitíssimo grata pelas palavras, que alegraram meu dia. Que bom poder trocar e tocar! Sigamos juntas, encantando e sendo encantadas pela poesia. Beijos!
Pela janela da vida talvez se tenha uma melhor visão do mundo agitado lá fora "das vida vazias". Parabéns pelo poema.
Obrigada! Feliz que tenha gostado.
Muito bom, parabéns.
Obrigada!
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