Vilmar Donizetti Pereira

Olhos cegos

Os olhos negros e opacos                  se alimentam da ilusão                        e só veem as alegorias extrínsecas  que circundam esses chacos.            E no microcosmo do impuro amor,    por essa existência efêmera,            se valem das aparências estéticas  que sufocam a beleza interior.          Num destino, de olhos narcisos        e falsos heróis e ídolos,                      tomado de uma aura de neblina;        e de corações duros e gananciosos que escurecem o jardim.                    Com as mentes de ideias céticas,    e avessas `a criação divina,              que deixam os olhos cegos                e adoecem a rosa da vida                  desse campo de alecrim.  

  • Autor: Vilmar Donizetti Pereira (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Fevereiro de 2023 11:39
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 16

Comentários2

  • Drica

    Você descreveu a cegueira metafórica. Eu descrevi a cegueira física com metáfora.
    Muito boa sua descrição!! Gostei!

    • Vilmar Donizetti Pereira

      Poetisa Drica, muito obrigado pela sua leitura e pertinente e sapiente comentário! Bom final de domingo! Um abraço.

    • @(ND)

      Quanta beleza , poeta Vilmar Pereira, bela descrição poética de um mundo que traduz uma triste realidade mundana, como máscaras em todo lugar e acaba escurecendo a vida!

      • Vilmar Donizetti Pereira

        Amiga poetisa ND, muito obrigado pela sua leitura e pertinente comentário! Ter os olhos sadios e ser cego ou fazer-se de cego sentimentalmente e espiritualmente, eis a questão. Boa noite! Um abraço.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.