As borboletas fugiram do seu jardim, pela escassez do néctar dessas flores murchas e pela ausência atroz da garapa e das puxas que adoçavam essas veredas de jasmim. Desde quando o abastado dono de um engenho foi tomado pelo desmazelo e `a falência, deixando perdidas as sendas da querência que por toda vida prestou o seu urdido empenho. Enquanto pôde viver perto do labor pelo seio da terra que doou o seu amor, por entre esses campestres e proeminências; antes de deixar tudo esvair entre os dedos e a tristeza se apossar dos seus olhos ledos e adentrar por todas as suas saliências.
- Autor: Vilmar Donizetti Pereira ( Offline)
- Publicado: 31 de janeiro de 2023 12:01
- Comentário do autor sobre o poema: É um soneto alexandrino.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Comentários1
Olá poeta Vilma, seus versos tem sonoridade de dor e tristeza, mas de uma beleza poética que transcende!
Obrigada pela partilha! Amei ler-te!
Olá poetisa Neiva, muito obrigado pela sua leitura e lindo comentário! Boa noite, um abraço e até breve!
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