Helio Valim

Sem disparo

 

O poder cítrico

da charge crítica,

está no desenho forte,

como lâmina de corte.

 

É arma letal,

sem porte, sem disparo,

apenas, fatal

para o risível sem preparo.

 

Incômoda para o autocrata.

Implacável com o déspota,

expõe sua face caricata,

com traços de pena refinada.

 

Tentam velar tua exposição,

por pura incompreensão.

Pois, a verdade quando exposta,

jamais será deposta!

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Junho de 2020 01:29
  • Comentário do autor sobre o poema: A força da charge, do cartoon, do humor como crítica política, social e de costumes. A imagem anexa é uma charge de costumes de J. Carlos (José Carlos de Brito e Cunha). Chargista, ilustrador e designer gráfico brasileiro. Um dos maiores representantes do estilo art déco no design gráfico brasileiro do início do século XX.
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 22

Comentários4

  • Chico Lino

    Maravilha... "aqui não, pica-pau, aqui é Aroeira". No alvo... forte abraço...

    • Helio Valim

      Meu amigo. Concordo plenamente! Obrigado pela opinião, sempre, enriquecedora!

    • Hébron

      Helio Valim, seu poema é belo e seu tema é interessantíssimo.
      A força da charge, por sua poesia! Arte pela arte!
      Abraço

      • Helio Valim

        Muito obrigado, meu amigo! Seus comentários é que são interessantíssimos! Um abraço.

      • Cecilia

        PERFEITO, HÉLIO. SEM DISPARO, NA MOSCA!

        • Helio Valim

          Obrigado Cecilia! Toda arte deve ser respeitada e percebida como instrumento de crítica!

        • Sidneia Oliveira

          Lindo Hélio, como a arte pode romper fronteiras e dar o recado sem disparo.

          Que não tenhamos retrocessos na nossa democracia.

          Abraços

          Parabéns!

          • Helio Valim

            Obrigado Sidneia e parabéns pelo seu comentário. A crítica, seja através da poesia ou do desenho, não pode ser castrada. Se isso ocorrer é o fim da democracia! Um abraço.

            • Sidneia Oliveira

              E o fim da democracia é o que não queremos, chega de repressão!

              Abraços



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