Esta foto que olho não sou eu...
Naquele dia eu era, fiquei lá.
Ali, eu sou aqueloutro que viveu,
Agora, eu sou aqueloutro, aqui, que está.
Mas, o aqui, como o lá, já ocorreu
Neste exato momento que não dá
Tempo de perceber, pois percorreu
Tão depressa demais no agora (já).
Não sou, apenas passo... A cada instante
Passo em milissegundos ...Cada foto É imagem perdida, insinuante
De que tudo é instável e remoto.
Tudo que a mim parece é só, portanto, Quando penso que existo, por enquanto.
Tangará da Serra, 30/11/.2019.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 16 de janeiro de 2023 18:32
- Comentário do autor sobre o poema: É uma reedição de outro soneto (Minha Foto,) que foi excluído, por um lapso, do MLP.
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 46
Comentários5
Mas resgatastes com precisão
o Soneto que se perdeu, creio eu
Uma foto é apenas uma foto
Mas, o tempo à que ela se refere,
esse, sim, não tem quem não se desespere, ao se dar conta de que não soube aproveitar. Porém, vejo que a sua vontade de trazer de volta o que se havia perdido, é sinal de que tens muita satisfação no teu passado. Ou estou equivocado, amigão? Não só pela beleza e simpatia, mas, também, por ter vivido fazendo o melhor. Desse modo vale a pena trazer de volta o muito que te marcou. Abraços poeta Maximiliano. Paz e bem.
Meu caro amigo Elfrans, muito me apraz a sua visita, e mais, ainda, quando é marcada por um precioso comentário seu. Isso mesmo: uma foto nos mantem eternos para outrem, exceto as emoções que dela nos pertencem.
Gratidão.
Um forte abraço.
Um passo à frente e já não estamos no mesmo lugar!
No passado fomos, no presente somos, no futuro indo até então!
Saudações nobre poeta!
Certíssimo, prezado Claudio Reis.
Gratidão pela visita e comentário.
Um forte abraço.
A verdade é que nunca nos reconhecemos bem em uma foto do passado. O tempo será nos marca mas nossa essência...permanece e é ela que nos representa. Mesmo assim, o tempo nos ensina: não se iluda,tudo passa tudo muda. Um dia pássaremos...passarinho! Mas,devo dizer: esse seu retrato recuperado revela,sem dúvida, sua mestria na arte do poema e ela me deixa fissurada...sua fan!
Alapucha tchê... Dizia José Saramago: "Todos são escritores, mas, uns escrevem, outros não". Ainda bem que não és egoísta a ponto de sonegares teus saberes, entre eles, o de escrever sonetos primorosos feito este. EM TEMPO: não ligue para o tempo, e sim para a utilização nobre dele. Parabéns, poeta inigualável. Baita abraço, paisano.
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