Soliloquios

Martinsjunior

Quem sou eu neste vasto mundo?

-Quem sou nesta deprimente vida?

“Un poco asco” escuro e profundo

Um lastro lotado de mágoas e intrigas

 

Sou deste mundo a mais sofrida

De todas as grandiosas criaturas

Um desenho mal feito, uma caricatura

Rabisco borrado de despedidas

 

 

Sou as águas salgadas de tantas partidas

De muitos olhos marejados sem ver

O adeus no acenar de mãos comovidas

As idas que ninguém sabe o porquê

 

Sou o que sofre sem que nem pra quê

Que vai por aí sem saber direito pra onde

Sou o que respira a dor do perder

O ar contaminado que o “peito” consome

 

Sou aquele que do mundo se esconde

Que na vida não tem direto a escolher

Sou o que pergunta, e ninguém responde

-Morrendo em vida, inda é possível viver?

 

  • Autor: Martinsjunior (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de janeiro de 2023 10:04
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 12
Comentários +

Comentários1

  • @(ND)

    Bela poesia, muita dor e encontro consigo, gostei de ler! Parabéns poeta! Bom domingo!



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