Martinsjunior

Soliloquios

Quem sou eu neste vasto mundo?

-Quem sou nesta deprimente vida?

“Un poco asco” escuro e profundo

Um lastro lotado de mágoas e intrigas

 

Sou deste mundo a mais sofrida

De todas as grandiosas criaturas

Um desenho mal feito, uma caricatura

Rabisco borrado de despedidas

 

 

Sou as águas salgadas de tantas partidas

De muitos olhos marejados sem ver

O adeus no acenar de mãos comovidas

As idas que ninguém sabe o porquê

 

Sou o que sofre sem que nem pra quê

Que vai por aí sem saber direito pra onde

Sou o que respira a dor do perder

O ar contaminado que o “peito” consome

 

Sou aquele que do mundo se esconde

Que na vida não tem direto a escolher

Sou o que pergunta, e ninguém responde

-Morrendo em vida, inda é possível viver?