NEM TRENÓ, NEM RENAS
Se tem coisa que me lembro
Quando chega o Dezembro
É do tempo de criança
Comportado e obediente
Pra ganhar algum presente
O Natal era a Esperança
Nem sempre fui bonzinho
Mas aquele bom velhinho
Merecia meu respeito
Dono d'um bom coração
Demonstrava compaixão
Ignorando meus defeitos
Quando o sono me vencia
Eu sonhava com a magia
Do chinelo na janela
Acordava bem cedinho
Só não via o bom velhinho
Nem trenó, nem renas e sela
No embrulho do presente
Vinha escrito, quase sempre
- "pra você, anjo adorado !
Este é só mais um troféu
Que te deu Papai Noel
Por serdes bom e educado"
Me recordo alguns anos
Que sofri com desenganos
Pois, presentes não me deu
As crianças, desde cedo
Exibiam seus brinquedos
Só eu que não tinha o meu
E quando isso acontecia
O meu pai sempre dizia
- algo horrível sucedeu
Papai Noel é camarada
Ele se perdeu na estrada
Ou o dinheiro hoje não deu
As crianças, cedo ou tarde
Aprendem que na realidade
Isso é parte do ensino
No misto de lar e religião
Se impõe a educação
Na menina e no menino
Eu quisera, daqui distante
Que no céu, por um instante
Os meus pais pudessem ouvir
A minha alma agradecida
Por me darem nesta vida
Mil razões para existir
- Autor: Elfrans Silva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de dezembro de 2022 22:25
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 33
Comentários3
Tempo bom,
tínhamos mais alegria ,
abraços amigo
Verdade mesmo poeta amigo Corassis. Qualquer coisa era um brinquedo em nossas mãos. Ser lembrado por Noel, então...era indescritível kkkk. Alegria sobre alegria. Forte abraço meu amigo. Boa semana
Texto de uma ternura imensurável, Parabéns poeta!
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