Carlos Lucena

SONETO DOS ABANDONADOS

 

Nas ruas sem nome
Vagando sozinhos
Sem teto e com fome
Deitados em espinhos

Seu nome é ninguém
Seu lençol é a lua
Um abraço não tem
Sua casa é a rua.

Viver é quase morrer
Seu leito é a praça
Um pedaço de pão

É quase um prazer
Não há quem lhe faça
Um aperto de mão!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Junho de 2020 07:30
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 17

Comentários7

  • Daniel B. Souza Lindasformasdeamar

    Muito bom!!!

  • Ernane Bernardo

    Belo poema, forte e verdadeiro, parabéns poeta Carlos Lucena. Gratidão!

    Abraços amigo!

  • SANTO VANDINHO

    Reflexiva poesia, principalmente para época atual (onde o víruscorona é o mandão) rsrsrsrsr Paz e Bem poeta

  • Hébron

    Carlos, linda poesia sobre uma realidade perversa.
    Abraço, poeta

  • Nelson de Medeiros

    Soneto perfeito. Na métrica, nas rimas e no enredo.

    Parabens

    1 ab

  • Rosangela Rodrigues de Oliveira

    Você retratou bem a triste situação de quem mora na rua onde um pedaço de pão lhe dá prazer. Parabéns pelo poema.

  • Chico Lino

    "Viver é quase morrer"... gosto dessas universalizações, em focos locais...
    Não tenho como adicionar o emoji da sandália: arrebentou!



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