Sampa

CORASSIS

Só hoje eu percebo, como Sampa é belo
E que o tempo transforma os ais
Em corridas desenfreadas
É a corrida que  eu menos venero!
Por ver pessoas desesperadas demais
Só hoje eu percebi, 
Como Sampa tá mais inverno
Só hoje, olhando para o céu cinzento,
Notei como São Paulo
Constrói tantos edifícios
Muitas vidinhas em ambientes diminutos demais
E levou a minha infância de dentro de mim
Há muito tempo, eu tinha uma enorme
Arena
Como morada  na vila que tanto  amava!
Nem chegou a noite
Mas este mundo escurece bem
São Paulo que amanhece trabalhando
Sampa está mais inverno
E menos piedoso
Para quem não amanhece com ele
No ritmo frenético do vai e vem
Sampa da garoa
E das solidões que não venero também.

  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de dezembro de 2022 17:42
  • Comentário do autor sobre o poema: Imagem de lbrownstone por Pixabay
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 38
Comentários +

Comentários3

  • Maria Ventania

    Poema sensível, sincera reflexão à respeito de uma metrópole e a relação dia a dia com a alma desse lugar. Tudo com muita arte!!! Essa poesia é especial.

  • Elfrans Silva

    Vivi em São Paulo 8 anos. O que não deu certo, claro, foi por minha culpa. Amanheci muitas vezes trabalhando. Outras tantas, sem trabalho. É como conhecer Ciudad del Este (PY) acabamos por sentir saudade daquela correria toda rsrs. Valeu a lembrança nestes versos, meu distinto amigo poeta Corassis. Abraços

  • Vilmar Donizetti Pereira

    Não conheço Sampa, mas sei que é uma das maiores metrópoles do mundo. Parabéns pela bela homenagem! Um abraço e tenha um bom dia!



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