Sinto-me dentro do âmago que ainda existo, no bojo do momento e do fado previsto, muito próximo do que tenho sentido e visto...; protegido do estratagema e da mentira, amarrada com uma cordoalha fina de tira ou com um tosco cipó de árvore de embira, que não aguenta a força interior e invisível do meu pensamento desperto e impossível que embate o tempo eterno e invencível. Pelo céu leitoso, acetinado e muito distinto, pintado com cálices puros de vinho tinto para equilibrar o meu cúpido e caro instinto...; por esse lindo e bem espaçoso dossel que o arcanjo dulcíssimo e de olhar de mel açucara a minha boca e língua áspera de fel. Enquanto, do fundo da alma piedosa e pacifista, olho tristonho `a pequena flor narcisista que inídora e opaca passa na minha vista; longe dos canteiros suspensos do jardim onde anda solto o meu coração escarlatim tocando o trombone, o trompete e o clarim.
- Autor: Vilmar Donizetti Pereira ( Offline)
- Publicado: 29 de novembro de 2022 08:45
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 31
Comentários2
Lindo poema , poeta , gostei de ler!
Obrigado pela sua leitura e interação! Um abraço e tenha uma boa noite!
Quão belos são seus poemas , poeta Vilmar Pereira, poemas que transcendem a propria poesia...
"Enquanto, do fundo da alma piedosa e pacifista, olho tristonho `a pequena flor narcisista que inídora e opaca passa na minha vista; longe dos canteiros suspensos do jardim onde anda solto o meu coração escarlatim" E que seu olhar seja de pureza em cada poesia escrita. Belos versos! Amei! boa tarde!
Fiquei muito satisfeito e agradecido, e lisonjeado com a sua leitura, e com a sua adorável apreciação e comentário do meu poema. É um prazer inenarrável responder os seus pertinentes e sapientes comentários! O que eu posso fazer é te agradecer, sempre, pela atenção e carinho para com os meus versos! Um abraço e tenha uma boa noite!
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