Sinto-me dentro do âmago que ainda existo, no bojo do momento e do fado previsto, muito próximo do que tenho sentido e visto...; protegido do estratagema e da mentira, amarrada com uma cordoalha fina de tira ou com um tosco cipó de árvore de embira, que não aguenta a força interior e invisível do meu pensamento desperto e impossível que embate o tempo eterno e invencível. Pelo céu leitoso, acetinado e muito distinto, pintado com cálices puros de vinho tinto para equilibrar o meu cúpido e caro instinto...; por esse lindo e bem espaçoso dossel que o arcanjo dulcíssimo e de olhar de mel açucara a minha boca e língua áspera de fel. Enquanto, do fundo da alma piedosa e pacifista, olho tristonho `a pequena flor narcisista que inídora e opaca passa na minha vista; longe dos canteiros suspensos do jardim onde anda solto o meu coração escarlatim tocando o trombone, o trompete e o clarim.