Quando esteve perdido no seio do deserto, o céu ficou obumbrado e longínquo do sol para consumir a seiva e a essência de benjoim da sua mais distante e tenebrosa escuridão. Pois, alienado e alheio ao que estava muito perto guardado no âmago e no balaio do seu paiol, não conseguia enxergar o belo pássaro escarlatim que tinha pousado na palma da sua mão. E, na companhia áspera e cúpida da tristeza que dominou toda a sua inércia e lombra, se tornou totalmente mórbido e moribundo pelas entranhas duras do tempo sem vento... Por onde perdeu a sua amuralhada fortaleza para essa ignóbil penumbra e sombra que te levou a viver no caos profundo anestesiado do choro doloroso do lamento!...
- Autor: Vilmar Donizetti Pereira ( Offline)
- Publicado: 11 de outubro de 2022 13:24
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários3
Mais um gol de placa! Aplausos!
Maria Dorta, fiquei muito grato pela sua leitura e comentário. Um abraço e um bom dia e um ótimo feriado! Que Nossa Senhora da Aparecida nós abençoe!...
Pura anestesia, seu poema é uma viagem, transportando aos sentimentos de saudades e dor, ainda assim consegui enxergar a luz nesta penumbra e nesta sombra. Amei! Abraços poeta, muitas inspirações!
Você conseguiu captar muito bem a mensagem que quis passar com esse poema com um tema um pouco sombrio e doloroso... Mas, que ao final do túnel sempre tem uma luz de esperança, como diz o ditado. Muito obrigado pela interação... Um abraço e tenha um bom dia!
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