as vezes dava um sol que ardia
fecha a sacada
meu pai dizia
a madeira ficará descascada
eu não entendia
as vezes vinha uma chuvarada
minha mãe dizia
fecha a sacada
com o pano na mão eu ia
já prevendo a molhaçada
as vezes era tão quente,
que ardia até na madeira
as vezes era tão frio,
que meu pai ascendia a lareira
as vezes numa simples fração
chovia por todo o ano
encharcava o chão
e também o pano
mas era verde sempre
verde no sol, na chuva e no frio
aquele verde era resistente
nem por um segundo ele sumiu
na minha sacada
o verde sempre foi meu parceiro
lá ele estava
de janeiro a janeiro
na minha sacada
todo sofrimento era passageiro
com piso queimando ou toda molhada
de lá, eu via meu mundo inteiro
- Autor: Estrela Azul (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de junho de 2020 02:14
- Comentário do autor sobre o poema: Poema que eu fiz quando criança:)
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários4
Estrela, seu poema tem gostinho de lar da gente quando criança... É singelo!
Deu-me um gosto saudoso ao ler esta poesia, poeta...
1 ab
Tenho o verde como esperança, vamos esperançar!
Parabéns pela oportunidade de reflexão.
Parabéns!
Tão suave a poesia
que me transportou para momentos da infância...
Que eu sequer conhecia!
Um grande abraço.
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