O JULGADOR
Respondera sem brinquedo
Como fora o incidente
Não lhe fez nenhum segredo
Pois sabia - se inocente
- Por um descuido com o dedo,
( Foi dizendo calmamente )
Que é o culpado desse enredo
Só deslizou, simplesmente
Mas causou engano ledo
A quem, da razão, descrente
Por mero cuidado ou medo
Preferindo tão somente
Apontar em riste o dedo
Como juiz inclemente
Edla Marinho
19/12/2021
- Autor: Edla Marinho (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 27 de setembro de 2022 21:58
- Comentário do autor sobre o poema: Às vezes, um simples descuido causa em alguém a sensação de atrevimento ou má intenção. Essa sensação toma conta da pessoa de tal forma, que não percebe os pontos que mostram que não tem razão a interpretação que se fez de um tal ato. Não pondera e a sensação vira verdade absoluta, dando motivo ( injusto) para julgar e condenar, até tentar humilhar. Mas quando a consciência está tranquila, por mais que não entenda , fica em paz, pois sabe que não fez o mal. É a vida ensinando...
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 33
Comentários3
Oportuna e correta sua visão sobre o " mandonismo" e abuso de autoridade tão bem expresso no teu poema. Aplausos,!
Obrigada, Dorta, por sua presença e comentário!
A vida é assim, ensina através de certos acontecimentos, injustiças em julgamentos equivocados. Quem nunca passou por isto, não é?
Feliz noite, meu abraço!
A injustiça infelizmente está intrínseca em todos âmbitos da sociedade. Belíssima reflexão! Um abraço e tenha uma boa noite!
Infelizmente, acontece ,sim, em todos os âmbitos e com muita gente, pois o julgamento precipitado, transforma em mal o que era simples e do bem.
Feliz noite, meu abraço!
Perfeito, como sempre! Abraços,
Boa noite, Ema, querida.
Gratidão por sua presença e comentário. Feliz noite, meu abraço!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.