O JULGADOR 

Edla Marinho



 

O JULGADOR 

Respondera sem brinquedo 
Como fora o incidente 
Não lhe fez nenhum segredo 
Pois sabia - se inocente

- Por um descuido com o dedo,
( Foi dizendo calmamente )
Que é o culpado desse enredo 
Só deslizou, simplesmente 

Mas causou engano ledo
A quem, da razão, descrente 
Por mero cuidado ou medo

Preferindo tão somente 
Apontar em riste o dedo
Como juiz inclemente 

Edla Marinho
19/12/2021

 

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de setembro de 2022 21:58
  • Comentário do autor sobre o poema: Às vezes, um simples descuido causa em alguém a sensação de atrevimento ou má intenção. Essa sensação toma conta da pessoa de tal forma, que não percebe os pontos que mostram que não tem razão a interpretação que se fez de um tal ato. Não pondera e a sensação vira verdade absoluta, dando motivo ( injusto) para julgar e condenar, até tentar humilhar. Mas quando a consciência está tranquila, por mais que não entenda , fica em paz, pois sabe que não fez o mal. É a vida ensinando...
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 33
Comentários +

Comentários3

  • Maria dorta

    Oportuna e correta sua visão sobre o " mandonismo" e abuso de autoridade tão bem expresso no teu poema. Aplausos,!

    • Edla Marinho

      Obrigada, Dorta, por sua presença e comentário!
      A vida é assim, ensina através de certos acontecimentos, injustiças em julgamentos equivocados. Quem nunca passou por isto, não é?
      Feliz noite, meu abraço!

    • Vilmar Donizetti Pereira

      A injustiça infelizmente está intrínseca em todos âmbitos da sociedade. Belíssima reflexão! Um abraço e tenha uma boa noite!

      • Edla Marinho

        Infelizmente, acontece ,sim, em todos os âmbitos e com muita gente, pois o julgamento precipitado, transforma em mal o que era simples e do bem.
        Feliz noite, meu abraço!

      • Ema Machado

        Perfeito, como sempre! Abraços,

        • Edla Marinho

          Boa noite, Ema, querida.
          Gratidão por sua presença e comentário. Feliz noite, meu abraço!



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