BALADA AOS CABELOS COR DE FOGO

Nelson de Medeiros



BALADA AOS CABELOS COR DE FOGO
 
Venham, ó mechas de fogo em brasa,
Cachos de luz, rubis de beleza infinita!
Deixem que o poeta se compraza
A queimar nesta fogueira inaudita!
Que venha o sol em tépida lucerna
Na tardinha que se esvai ruborizada
A confundi-los com o vermelho do poente!
 
 
Deslizem sobre esta face alvaiada
Cachos de luz de beleza incandescente!
 
 
Escorram, quais rubras lavas, pela alvura deste colo,
pelas curvas destes seios!
Que se cubram céu e solo
Por esta enxurrada de anseios!
Pois, da eternidade, da morada dos Deuses,
Aos teus cabelos compôs esta balada
O menestrel da alma aflita!
 
 
Venham, ó mechas de luz encantada,
E iluminem o peito onde a paixão habita!

 

Nelson de Medeiros 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de junho de 2020 07:54
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 23
Comentários +

Comentários6

  • Hébron

    Nelson, seus versos são de vocabulário tão rico que é para mim um aprendizado.
    Seu poema como sempre muito bonito, ainda mais se lido com a trilha sonora.
    Abraço

    • Nelson de Medeiros

      Po, cara. Valeu mesmo. Obrigado mas vc escreve muito bem, tenha certeza.

      1 ab

    • Sidneia Oliveira

      Nelson, é um deleite ter seus textos.

      És um poeta criativo.

      Parabéns.

    • Cecilia

      Nelson, linda sua balada. rico vocabulário, muito bem colocado. Uma jóia, mesmo.

      • Nelson de Medeiros

        Origado Cecilia, sempre muito gentil comigo.
        1 ab

      • Manoela

        Lindo, intenso e muito romântico! Adoro seus poemas.

      • Roseli Furini

        É sempre um aprendizado ler-te
        a riqueza dos teus versos, são sempre uma inspiração para mim,
        lindo demais!

        • Nelson de Medeiros

          Vc é encantadora, sempre bondosa e incentivadora.
          obrigado, poeta.

          1 ab

        • Rosangela Rodrigues de Oliveira

          Sensacional seu poema Poeta você tem um jeito envolvente de escrever. Parabéns.

          • Nelson de Medeiros

            Muito grato, poeta. A reciproca é verdadeira para seus poemas.

            1 ab



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