Carlos Lucena

INDEFINIÇÃO

INDEFINIÇÃO 

Eu sou 
o inexplicável de mim
Sou morte e vida
Eu sou assim.
Sou a sombra 
do que está claro
E sou a claridade 
do escuro que só eu vejo.
Na indefinição do raro
Sou as manobras das línguas e seus beijos.
Não me defino
Na indelicadeza 
do transitório
Porém é na transitoriedade 
Que o escuro se define 
E a alma que 
era pura castidade
Em um corpo
Nenhum mistério 
ela imprime . 
Porque sou alma e corpo 
Alma de 
transparentes vestes
Corpo vivo de veias 
e artérias iminentes
E tenho a alma de 
languidez profunda
Que da nudez profana 
se reveste.
E eu sou assim
Insano como a insana vida dos mortais
Alma e corpo 
cabe dentro de mim
Assim como 
o divino cabe
Nas profanações 
Das ilusões celestiais.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Setembro de 2022 16:06
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13

Comentários1

  • CORASSIS

    Parabéns, poeta Carlos
    Belo poema , abraço.

    • Carlos Lucena

      Obrigado, poeta! Bom final de semana



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