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A vela…
Ema Machado - Brasil
Pavio tomba, verga
Um último suspiro exala
E o corpo disforme esfacela…
Lembro-me, ainda ontem avistava um monte
Hoje é serra, amanhã talvez, apenas areia
Anoitece…
O olhar cansado, pousa no horizonte
Será finita, aquela estrela?
Palavras dançam na mente que não cala
Já não lembro, o que diziam ontem
Foram substituídas, algumas permanecem mudas
Outras, desaparecem sem deixar marcas
Desperdiça-se vida, horas e falas
Deveria -se fazer bom uso de tudo
Quase tudo é finito, tudo para
Relógios são e serão substituídos
Já o tempo, é fósmeo e inexorável
Vence toda batalha
No jardim, pende uma rosa formosa
Gradativamente, murcha e despetala
A beleza é efêmera, silente se esvai
Não se despede, como resquício, meras marcas…
Vida, é sopro de vento que passa
Brinca nas folhas, assovia, joga-as ao solo
Ali terminam, onde nada fala
Quanto a vela, apenas resquício de cera
Outras, iluminam preces silentes de muitos
Que a fé, alimente a alma…
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de agosto de 2022 22:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 20
Comentários2
Gostei do poema...A vela quanta simbologia, linda poeta!
Abraços
Um poema de Mestra. Metáforas apropriadas e muita filosofia de vida. ..." Vida é sopro de vento que passa." Dizes com mestria. Como passa rápido!. Mas teu talento poético não passará,já está sedimentado e perpertualizafo. Aplausos!
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