Ah, como amei e amei perdidamente!...
Qual ventania uivante fui em frente,
Desperdiçando amor em corações,
Sustando a aurora meiga das paixões.
Despetalei as rosas, cruelmente,
Desfiz-lhes do perfume, tão somente
Pelo afoito zunir das vibrações,
Por sádico prazer em abstrações.
E fui refeito em brisa enganadora
A afagar qualquer alma sonhadora
No avesso da minha diretriz.
Amei demais... ardente e sem sentido
Que, comigo, ignorante eu fora tido A nunca ter no amor um fim feliz.
Tangará da Serra, 18/08/22.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 21 de agosto de 2022 18:00
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
Comentários6
Lindo! Abraços,
Que bom receber a sua visita, querida Ema. Assim tive a curiosidade de apreciar a sua verve poética e admirá-la pelo seu perfil.
Um beijo.
Pelo visto conjugaste muito bem o intransitivo verbo amar!
Abraços ao mestre Maximiliano Skol.
Prezado Shmuel, o seu poema " Nesta parte da cidade" me fez lembrar das mágoas do poeta Jehová de Carvalho quando, nas suas famoas crônicas: \"A Cidade Que Não Dorme,\" no jornal A Tarde, seguia o progresso com as devastações do tradicional urbanismo de São Salvador. E via-se como um fantasma percorrendo as ruas, mas no passado.
Fico honrado com sua visita.
Um forte abraço.
Interessante, mestre vou pesquisar este poema a que se refere.
Abraços
O Jehová foi meu colega no Curso Primario, foi jornalista, cronista, poeta, boêmio,e advogado trabalhista. E tenho um capítulo sobre ele no livro que escrevo sobre minha pré- adolescência. Veja no Google: "Jehová, o bardo dos sonhos e das noites."
Um abraço, prezado Shmuel.
Uma confissão sobre a forma de amar e suas consequências, mas o que importa mesmo é amar.
Bom dia, caro poeta Maximiliano Skol!
Ah o amor! Esse eflúvio embriagador que sobe a' cabeça,obnubilando a inteligência. Por ele sofremos,sem ele fazemos sofrer...quando o temos,celebramos,quando via de mão dupla é uma passagem de ida e volta ao Paraíso. Max,nesta trajetória de vida quanta sabedoria exalas. E,que maravilha desfrutar dos poemas em que te revelas e ensinas. Chapéu!
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