Ah, como amei e amei perdidamente!...
Qual ventania uivante fui em frente,
Desperdiçando amor em  corações,
Sustando a aurora meiga das paixões. 
Despetalei as rosas, cruelmente,
Desfiz-lhes do perfume, tão somente
Pelo afoito zunir  das vibrações,
Por sádico prazer em abstrações. 
E fui  refeito em brisa enganadora 
A afagar qualquer alma sonhadora 
No avesso da minha diretriz. 
Amei demais... ardente e sem sentido
Que, comigo, ignorante eu fora tido                                                 A nunca ter no amor um fim feliz.
Tangará da Serra, 18/08/22.