Hoje eu fui ao centro da cidade
Revi as avenidas
os amontoados de fios
e pombos em revoadas,
seus casarões e prédio em ruinas
A cidade sobrevive
Apesar do concreto,
das fumaças e dos pesos dos
veículos,
Não vi nada de novo na cidade,
somente os hotéis suntuosos
do passado, abandonados,
ambientes que sonhava entrar,
hoje são vazios,
Sem pianos, sem Blues,
sem gelos e sodas,
Esta parte da cidade me conta em sussuros, segredos dos tempos gloriosos,
dos helicóptero, dos carrões pretos, dos vinhos envelhecidos nas cantinas, A Belle epoque que vivi, A cidade convalesce
Os monumentos quase todos mais para o cinza, e incrustado de manchas,
Assim como eu, esta parte nitidamente
envelheceu sem vaidades,
ainda vejo aquele moço
caminhando e sonhando nesta parte da cidade, Pisa e baila suavemente no coração da Metrópolis.
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de agosto de 2022 20:38
- Comentário do autor sobre o poema: Andando no centro de são Paulo, revendo a minha velha Sampa
- Categoria: Triste
- Visualizações: 52
Comentários4
Amigo Shimul parece pras bandas do Anhangabaú, se não, corrija ,
Belas lembranças , senti saudades !
Abraços .
Sim, é do lado do Viaduto do Chá, Corassis! Aquele prédio da antiga Light.
Abraços!
Não conheço a sua cidade, mas a descrição saudosista e melancólica, fez me imaginar um Shmuel numa roda de amigos, contando os trocados para num desses sunptuosos lugares poder entrar,
Esses lugares que para nós tão " altos" , também envelhecem, perdem a cor e a importância que tiveram para nós, no passado...
Gostei muito, tudo que tenha a ver com décadas atrás me fascina... Parece que não me encaixo no " presente "
Sentimentos Estranhos, meu último escrito aqui publicado fala disso mesmo
Grande Abraço, meu caríssimo amigo
Ah, estamos iguais! Vou ler os teus poemas, sou um saudosista de carteirinhas.
Abraços!
Nesse centro desvairado em meio a arte do Teatro Municipal, do grande magazine Mappin, dos trombadinhas da praça Ramos, da elegância dos ternos de casimira e dos trapos dos mendigos, pudemos experimentar as emoções que a nossa cidade nos dava outrora.
Ainda farei o mesmo que você fez amigo, hora dessas irei caminhar pelo saudoso Centro de Sampa para me sentir paulistano outra vez.
Gratidão por tão nostálgico poema amigo.
Abraços.
Está complicado lá no centro velho. Se o próximo governo não fizer algo teremos problemas mais sério.
Abraços
Cláudio Reis, quando estiver em sp, faça contato. Vamos tomar uns shops na galera Metrópolis.
Sim Shmul! Vamos além do Chopp na Metrópoles, vamos comer também um grelhado no Boi na Brasa..rsrsrsrs
Abraços amigo.
Um belo poema cotidiano, doce e nostálgico. Uma constatação que a cidade também envelhece. Parabéns!
Boa noite, caro poeta Shmuel!
Sim, e como envelhece! Me lembrei de Fortaleza também.
Abraços!
Sim, tem uma parte da cidade envelhecendo e se deteriorando.
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