MEU PAI! ( Para meu pai Ezequiel Freitas)
Meu pai era um homem simples
Mas com imensa sabedoria
Experiência de vida
E gostava de poesia…
Um dia fui lhe contar
Que precisava levar
Na escola uma poesia
Mas que eu não sabia
Nem do que se tratava.
Meu pai foi muito solícito
Foi me falar de poetas
E de poesias que leu
E terminou recitando
Casimiro de Abreu.
Quando chegava da lida
Quase ao anoitecer
Cansado, nem se discute
Sempre gostava de ler
Algum cordel sobre a mesa
Restos de um velho jornal
Contava antigas histórias
Guardadas em sua memória
Que o seu pai lhe contava
Outras vezes ele olhava
Os nossos deveres de casa
Que a professora passava
Nos ensinava matemática
E às orações do catecismo
Mas o que a gente gostava
Era de ver seu sorriso
Era sempre bem humorado
De tudo fazia troça
Quando voltava da roça
A gente estava esperando
Porque antes de descansar
E de em sua rede ir deitar
Ele brincava com a gente.
Saudade, doce saudade
Do meu pai e da infância
Tudo ficou na distância
Que a vida deixou pra trás.
LEIDE FREITAS
- Autor: LEIDE FREITAS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de agosto de 2022 14:27
- Comentário do autor sobre o poema: Uma pequena homenagem a meu pai, falecido em 02 de março de 1990.
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 19
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel
Comentários4
Linda e eterna lembrança
Parabéns pela homenagem
Parabéns Leide
.
Obrigada, caro poeta Corassis por tua leitura e apreciação.
Boa noite e excelente semana!
Obrigada, caro poeta Corassis!
Perfeito! No melhor estilo Casimiro de Abreu.
Adorei! Abraços a nobre poeta Leide Freitas.
Obrigada por tua leitura e apreciação, caro poeta Shmuel.
Boa noite e excelente semana!
Belíssima e emocionante poesia!!
Obrigada por tua leitura e apreciação.
Boa tarde, poeta Natasha Leite
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