CORASSIS

Portas

O mundo e suas portas  as avessas 
sentido notório ao frio 
Com as dobradiças escancaradas 
Fechaduras enferrujadas 
Eu sou a janela da minha morada idolatrada 
Sou inconstante a olhar por brechas  lá fora 
Pasmem os idólatras e suas caligrafias e leituras  sem causa 
Que percorrem a mínima  caminhada
Buscando a melhor colocação na prova 
Fé  Inferior  a o do início da civilização
Muitas frutas apodrecidas ,  homens  entristecidos  em seu domínio domiciliar 
Todo tipo de serpente querendo 
Ser gente 
Mas há neste cenário  desconfortante 
A amabilidade diminuta de alguns 
Nos canteiros escondidos 
Daqueles que querem se refrigerar 
Enquanto rola o amor 
Não haverá  rancor  no coração de criança 
Vamos arrancar as portas sem utilidade
Estrada notória a esperança .

  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Julho de 2022 11:30
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 39

Comentários2

  • LEIDE FREITAS

    Um poema para refletir algumas questões.
    Um belo poema!

    Boa tarde, poeta Corassis!

  • Maria Lucia

    Onde houver amor, portas e janelas estarão desnecessárias, e os canteiros à vista de todos.
    Instigante poema, Corassis. Gostei.
    Abraço



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