Claudio Reis

TIVE TEMPO PRA VER

Tive tempo para ver o Sol se pôr
N'um final de tarde onde o outono se findava
Folhas secas pelo chão agasalham sementes
Já bem tímido o vento vai dando lugar ao frio
Os bichos se entocam transformando a paisagem
Toda cútis pede calor para suportar o clima e ali permanecer
Mutações da natureza anunciando uma nova estação 
Agora os ritimos são outros, mudam os pensares 
Recolhidos ficamos experenciando a sensação

Tive tempo para ver o céu estrelado
N'uma noite fria onde o inverno se iniciava
Nas árvores os passarinhos se agrupam para se esquecerem 
A perfeição das criaturas ajustam-se a sabedoria do Criador
Naturalmente introvertidos ficamos nessa baixa climática  
Aguçam os sentimentos! Corpos pedem corpos, querem calor

Tive tempo para ver quem sou eu
Numa idade do passado onde a vida iniciava
As descobertas naquela inocência que só me levavam a sonhar
Encontrada juventude aventureira que me fez ser bom e as vezes errar
Na surpreendente maturidade! Fui outono e inverno sim, pela razão 
Amizades preciosas conquistadas com todo carinho
Envelhecendo no amor, alegre e divertido vou,  sendo eu também, primavera e verão. 

Cláudio Reis

  • Autor: Claudio Reis (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Junho de 2022 21:07
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19

Comentários2

  • misteriosa-morse

    Que lindo..a reconstrução a transformação a maturidade?agora você parece gostar de todas as estações.

    • Claudio Reis

      Assim somos!
      Outono e inverno, pensativos e ou tristes
      Primavera e verão, alegres e ou extrovertidos.

      Muito feliz por seu comentário, Misteriosa-morse..abraços.

    • Lilian Fátima

      Que lindo! A maturidade traz tantas alegrias e gratificações

      • Claudio Reis

        Gostei da sua visão!
        Poetisa Lilian, abraços.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.