Maria dorta

Versos de feira

A' moda de cantador de feira ouvi uma história verdadeira ali.

Foi nela que busquei inspiração.

O cantador dizia  que a anciã dizia 

Ter 70 aninhos de vida e sorria 

Surpreendeu_ se ele por ve_ lá tão inteira!

Tão serelepe como as novinhas,

que passeavam semi nuas na feira 

Tinha  belos cabelos brancos,

todos escondidos ,bem tingidos.

Sorria um sorriso largo,bonito,

Com dentes todos implantados,

Com eles comia  pasmem_ até milho assado!

Músculos bem definidos,ela não tinha nenhum " babado".

Corpo firme,não tinha nada desabado.

Praticava ela esportes,ia a Academia.

Nunca faltava. Ia lá até dia de sábado.

Tinha ela jovens pretendentes,era liberal.

Por eles se deixava conquistar,sem corar.

Sabia que,no final,o Motel era ela quem pagaria 

Pagava sim, com um sorriso maroto

,sem sufoco.

Como se homem fosse!

Maria Dorta  15_06_2022

  • Autor: Maria dorta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Junho de 2022 20:37
  • Comentário do autor sobre o poema: Testando a veia cômica.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 34

Comentários4

  • Shmuel

    Ficou muito bom.... gosto de feiras e das pérolas que ouço.
    Bom dia poeta e amiga colibri!

    • Maria dorta

      Grata pela tua leitura e comentário. Fiquei um pouco jocosa! Rsrs

    • CORASSIS

      Poetizando e encantando as belezas
      da vida!
      Parabéns Dorta ,abraços .

      • Maria dorta

        Tua leitura e comentário aumentam minha responsabilidade! Gratidão!

      • Antonio Olivio

        Eis a revolução das mulheres, antes pisoteadas por uma sociedade machista , quanto liberdade posta pra fora , um tapa na cara do mundo conservador...
        Um poema revolucionário, minha querida Maria Dorta ! Eu quero viver neste mundo porque nele tem pessoas como você que faz valer a pena !!

      • Elfrans Silva

        É bom ser quem se quer ser. E nunca se sentir xepa da feira. Se valorizar até o final de tudo e de todos. Há aqueles que chegam cedo à feira e outros são mais tardios. Uma coisa eu sei: por mais que o expositor gritar, ninguém é obrigado levar.
        Por outro lado aprendemos que não se deve tardar, pois o que é bom às vezes são exemplares únicos. Não sei se estou certo na leitura deste poema, mas concluo que o efeito solar sobre o "produto" pode tempera-lo ou destempera-lo. O importante será não se desqualificar a si mesmo com o passar do tempo. Como na experiência do bom vinho. Abraços poetisa. Gostei do poema.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.