Samuel SanCastro

Vem comigo para Snívat’

Ai, que inveja de Manoel Bandeira, que tinha escolha verdadeira

De, na hora derradeira, ir-se embora pra Pasárgada

Dizem que era sujeito influente e até mesmo amigo do rei

Se foi-se embora algum dia, até hoje eu não sei

 

Só sei que era poeta e que essa gente é muito louca

Como uma tal de Lúcia Pevensie que entrou num guarda-roupa

E numa terra encantada, como rainha foi viver

Também queria ir pra Nárnia e desse mundo me esquecer

 

Como Alice através do espelho ou correndo atrás do coelho

Eu tomaria a pílula vermelha e seguiria o senhor Morpheus

Por que esse mundo é muito chato e fui só eu quem percebeu

 

Ai, que inveja do poeta que se exilou em sua própria escrita

Vou fazer a mesma coisa; criar uma Terra somente minha

Vou-me embora, meu amor, vem comigo para Snívat’.

  • Autor: Samuel SanCastro (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Junho de 2020 09:22
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 23

Comentários5

  • Manoela

    Gente, eu adorei!! Esse mundo da fantasia é uma delícia de se viver. Sorte a nossa, que podemos criá-los em nossas loucas cabeças de poeta.

    • Samuel SanCastro

      É uma dádiva e uma maldição, amiga. Quando a gente precisa voltar pra esse mundo vil dói demais!
      Vamos permanentemente para Snívat’? Kkkkk

    • Hébron

      Poema que transcende a lógica... Daí talvez o portal de refúgio ou fuga para qualquer lugar que lhe encantar... Tem coisas que não apenas vc percebeu! Snívat' agora é realidade...

      • Samuel SanCastro

        Que comentário generoso, meu amigo. Muito obrigado!
        Snívat’, agora, já é de todos nós e de quem mais for tocado por este soneto. Estará sempre em constante construção, evolução ou como tu dissestes, transcendência.

        Gratidão

      • Nelson de Medeiros

        Muito, mas, muito bom mesmo este texto, poeta.
        Parabens

        1 ab

        • Samuel SanCastro

          Obrigado, Nelson... Gostei muitíssimo do teu poema publicado hoje.

          Gratidão

        • Maria Vanda Medeiros de Araujo

          Samuel, viajei... não sei se é loucura ou devaneio, mas vou-me embora para Snívat. rs rs.

        • Jakeline Isabel

          O tipo de poema que encanta a imaginação.
          Muito bom.



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