Relatos terríveis surgiram no norte
De uma brisa gelada apocalíptica
Que por onde passara espalhara a morte
Numa espécie de histeria idiopática .
Não demorou e deu nos jornais
As notícias vieram trazendo o caos
As pessoas acometidas destes sinais
Se matando no Camboja e no Laos
Do extremo norte a Ásia oriental
De lá para Europa e a parte ocidental
Imagens mostrando a brisa passando
Dos corações, todo amor arrancando
Deu_se a loucura no mundo inteiro
Filhos perdidos buscavam seus pais
Para dar_lhes um último beijo
E os exércitos se davam em batalhas campais,
Sem amor, as bombas voavam nos céus
Como se viessem do próprio Deus
Não era mais possível nenhum argumento
Que pudesse parar tanto sofrimento.
Os artista numa ancia desvairada
Se punham a arrancar_lhes do peito
O que sabiam ser a última pincelada
Da arte para um mundo já desfeito
Mães agarradas aos filhos
Aguardando o último segundo de sentimento,
Cantando canções como se fossem hinos,
Antes que tudo virasse lamento
Homens tenebrosos e malditos
Perderam tudo que tinham nos conflitos,
Estes foram os que menos perderam
Pois do amor, há muito já desprenderam
E os poetas desesperados de dor
Deixaram versos esculpidos no tempo
E gritos horrendos ,uivavam nos ventos:
É o fim do amor...é o fim do amor...
Antonio Olivio 18/05 do ano da graça de 2022 Enquanto posso amar , quero amar mais do que posso...
- Autor: Antonio Olivio (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de maio de 2022 03:54
- Comentário do autor sobre o poema: Nestes tempos que os homens falam de guerras em reuniões de cúpula e a.eacam a humanidade com armas atômicas e rugem seus mais terríveis pensamentos enquanto bilhões de pessoas passam fome. Eu me pergunto. Será este o fim do amor?
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
- Usuários favoritos deste poema: SANTO VANDINHO
Comentários5
Quando os homens resolvem usar as armas bélicas, em vez da discussão e solução diplomática, não pensam em nada de amor. Belo e reflexivo e incisivo poema que pôs o dedo nessa ferida, que desde que o mundo é mundo, o homem faz por ambição e ganância e maldade. Bom dia, poeta Antônio olivio!
"Reflexão antiga e atual na sua poesia, pois o Fim do Amor se deu quando se descobriu e se explodiu em vidas (Brutas ou não). Formando esse Caos ou Confusão" Paz e Bem Poeta !
Verdade companheiro , segundo a geologia a vida veio do caos , os físicos acreditam que a expansão do Big bang em algum momento to vai parar e tudo vai voltar a singularidade.
Mas neste texto eu quis chamar a atenção para a falta de amor , o equilíbrio da vida está na nossa capacidade de amar o próximo e querer ajudar as pessoas .quando a gente perde isto , viramos todos psicopatas sociais que não reconhecemos .
Bela e triste poesia... acredito não ser o fim do amor. Mas teremos que ficar atentos ao sinais que a vida vai pontuando.
Abraços!
De fato é muito triste, pensei muito se devia divulgar este texto , acabei decidindo por compartilhar. A intenção é ser incisivo em dizer da dadiva que temos em poder amar quando muitos perderam esta capacidade, Entregues a uma vida fútil e extremamente materialista
Quando os homens decidem pela guerra não há argumentos que os façam mudar de ideia.
Belo poema!
Bom dia, poeta Antonio Olivio!
Infelizmente Leide!
É muito doloroso ver o sofrimento imposto a tantas pessoas , as vezes por decisões personalista.
Sem amor não há esperança!
É uma dura realidade. O que se ganha com uma guerra, não compensa a dor de famílias destruídas. Pobres governantes que pensam com tamanho falta de amor. Infelizmente, ainda acontece. Uma composição para se refletir. Parabéns! Feliz tarde, muita inspiração!
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