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Antonio Olivio

O fim do amor

Relatos terríveis surgiram no norte

De uma brisa gelada apocalíptica 

Que por onde passara espalhara a morte

Numa espécie de histeria idiopática .

 

Não demorou e deu nos jornais

As notícias vieram trazendo o caos

As pessoas acometidas destes sinais

Se matando no Camboja e no Laos

 

Do extremo norte a Ásia oriental

De lá para Europa e a parte ocidental

Imagens mostrando a brisa passando

Dos corações, todo amor arrancando

 

Deu_se a loucura no mundo inteiro

Filhos perdidos buscavam seus pais

Para dar_lhes um último beijo

E os exércitos se davam em batalhas campais,

 

Sem amor,  as bombas voavam nos céus 

Como se viessem do próprio Deus 

Não era mais possível  nenhum argumento

Que pudesse parar tanto sofrimento.

 

Os artista numa ancia desvairada

Se punham a arrancar_lhes do peito 

O que sabiam ser a última pincelada

Da arte para um mundo já desfeito 

 

Mães agarradas aos filhos 

Aguardando o último segundo de sentimento,

Cantando canções como se fossem hinos,

Antes que tudo virasse lamento

 

Homens tenebrosos e malditos

Perderam tudo que tinham nos conflitos,

Estes foram os que  menos perderam 

Pois do amor, há muito já  desprenderam

 

E os poetas desesperados de dor

Deixaram versos esculpidos no tempo

E gritos horrendos ,uivavam nos ventos:

É o fim do amor...é o fim do amor...

 

Antonio Olivio  18/05 do ano da graça de 2022 Enquanto posso amar , quero amar mais  do que posso...