Relatos terríveis surgiram no norte
De uma brisa gelada apocalíptica
Que por onde passara espalhara a morte
Numa espécie de histeria idiopática .
Não demorou e deu nos jornais
As notícias vieram trazendo o caos
As pessoas acometidas destes sinais
Se matando no Camboja e no Laos
Do extremo norte a Ásia oriental
De lá para Europa e a parte ocidental
Imagens mostrando a brisa passando
Dos corações, todo amor arrancando
Deu_se a loucura no mundo inteiro
Filhos perdidos buscavam seus pais
Para dar_lhes um último beijo
E os exércitos se davam em batalhas campais,
Sem amor, as bombas voavam nos céus
Como se viessem do próprio Deus
Não era mais possível nenhum argumento
Que pudesse parar tanto sofrimento.
Os artista numa ancia desvairada
Se punham a arrancar_lhes do peito
O que sabiam ser a última pincelada
Da arte para um mundo já desfeito
Mães agarradas aos filhos
Aguardando o último segundo de sentimento,
Cantando canções como se fossem hinos,
Antes que tudo virasse lamento
Homens tenebrosos e malditos
Perderam tudo que tinham nos conflitos,
Estes foram os que menos perderam
Pois do amor, há muito já desprenderam
E os poetas desesperados de dor
Deixaram versos esculpidos no tempo
E gritos horrendos ,uivavam nos ventos:
É o fim do amor...é o fim do amor...
Antonio Olivio 18/05 do ano da graça de 2022 Enquanto posso amar , quero amar mais do que posso...