Duas paralelas verticais
Cruzam paralelas horizontais
E traçam retas coincidentes
Em perpendiculares de noventa graus.
Assim está a existência humana,
Perturbada por vértices contraditórios
Que dissipam os ângulos da paz
E promovem uma ortodoxia bélica.
O mal se expande por eixos imaginários,
O bem se camufla numa geometria oblíqua,
O sofrimento e a dor são arestas cuneiformes
De um pseudo destino quase inexorável...
Há dois mundos paralelos entre si
De uma trigonometria de tangentes e secantes
Já consumidas por um anacronismo doentio
Que infesta as faces dos polígonos sociais.
A hipocrisia precisa desabar do ângulo raso,
Que a hipotenusa dê apoio aos catetos
A fim de que os poliedros possam subsistir
Aos anseios maquiavélicos da geometria espacial!
DE Ivan de Oliveira Melo
- Autor: Ivan (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de maio de 2022 21:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários2
Grande inspiração !
parabéns poeta conterrâneo!
abraços .
Agradecido, Corassis, por seu comentário. Abraços!
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