Antonio Olivio

Duas Almas

A poesia tem duas almas

A primeira é a do poeta

que absorve todas as dores

Que é construído  de sonhos

 

A alma do poeta chora o verso

Que vem rompendo suas aflições 

Mas que também vê a luz 

No meio da escuridão 

 

O  poeta está nú , despedido de si 

Entregue ao tudo  que lhe cerca 

A incertezas e tristezas que recolheu 

No rosto dos descrentes,

 

A segunda alma da poesia 

Está  em quem leu  e se viu ,

Que entendeu no íntimo, 

Que se sente representado nos versos

 

 depois deste encontro 

A poesia se completa ,

Repleta de significados

Se reescrevendo a cada nova leitura.

 

Antonio Olívio 

 

 

 

 

 

  • Autor: Antonio Olivio (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de Abril de 2022 23:52
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 26

Comentários4

  • Maria dorta

    Tens razão poeta. Na poesia o poeta é o verso, o leitor é o reverso,seu eco. Bravos!

  • Ema Machado

    Muito bem o disseste: "O poeta está nú , despedido de si " Ele se torna verso. Parabéns!

  • LEIDE FREITAS

    Concordo plenamente com as duas almas da poesia. O poeta e o leitor.

    Como leitor posso apreciar a poesia e há poesias que são deleite para a alma.

    Boa tarde, poeta Antonio Olivio!

  • Antonio Olivio

    Muitas vezes o que escrevemos , inspirado em algo da nossa intimidade, vai ser interpretado de outra maneira de acordo com o que o leitor absorve e conecta com as suas emoções.



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