A poesia tem duas almas
A primeira é a do poeta
que absorve todas as dores
Que é construído de sonhos
A alma do poeta chora o verso
Que vem rompendo suas aflições
Mas que também vê a luz
No meio da escuridão
O poeta está nú , despedido de si
Entregue ao tudo que lhe cerca
A incertezas e tristezas que recolheu
No rosto dos descrentes,
A segunda alma da poesia
Está em quem leu e se viu ,
Que entendeu no íntimo,
Que se sente representado nos versos
depois deste encontro
A poesia se completa ,
Repleta de significados
Se reescrevendo a cada nova leitura.
Antonio Olívio