Antonio Olivio

Duas Almas

A poesia tem duas almas

A primeira é a do poeta

que absorve todas as dores

Que é construído  de sonhos

 

A alma do poeta chora o verso

Que vem rompendo suas aflições 

Mas que também vê a luz 

No meio da escuridão 

 

O  poeta está nú , despedido de si 

Entregue ao tudo  que lhe cerca 

A incertezas e tristezas que recolheu 

No rosto dos descrentes,

 

A segunda alma da poesia 

Está  em quem leu  e se viu ,

Que entendeu no íntimo, 

Que se sente representado nos versos

 

 depois deste encontro 

A poesia se completa ,

Repleta de significados

Se reescrevendo a cada nova leitura.

 

Antonio Olívio