Aviso de ausência de Maria Vanda Medeiros de Araujo
NO
NO
Conheci o medo
No teu peito forte e tosco.
Conheci o medo
No teu abraço enrosco.
Nas palavras soltas, ditas da tua boca
Nas palavras presas, que a mim vieram em poesia.
Conheci o medo de amar
O medo que eu não soube enfrentar
Aquele mesmo que guardou
No baú dos meus segredos
A lembrança da camisa azul
A letra da canção que falava da estrela e o dia
O ritmo da dança
A minha mão na tua mão
A voz que ensurdecia
Para ouvir o som do coração.
Sinto ainda hoje
O perfume da coragem,
Na coragem que não tive.
Sinto, a saudade do beijo que não dei.
Sinto, imortalizado nas minhas memórias...
O perfume
A canção
O ritmo
A mão
A boca e o medo.
- Autor: Maria Vanda Medeiros de Araujo ( Offline)
- Publicado: 2 de junho de 2020 08:00
- Categoria: Amor
- Visualizações: 25
- Usuários favoritos deste poema: mundi87, Maria Vanda Medeiros de Araujo
Comentários3
Lindo texto, tradução fiel daquela 'saudade que sentimos de tudo que não vivemos' cantada por Russo. Parabéns!
As vezes sentimos saudade do que não vivemos. É estranho, mas existei isto sim. Saudade de algo que conhecemos mas não lembramos...
1 ab
isso. ou nos arrependemos do que não deixamos viver. Grata pela leitura e comentário que sempre nos estimula. Você é bacana demais.
Uma verdade esquecida, uma verdade não vista, que aquilo que deixou de ser feito anulou milhares de possibilidades, mas criou um mundo inteiro de outras realidades...
Pesado como a saudade, e sacana como o medo.
Que poema maravilhoso, tão incrível que me trouxe inspiração. Obrigado!
Obrigada por ter lido. E se lhe inspirou é pq a finalidade foi alcançada. Grata!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.