DESEJOS

Claudio Reis

Ainda que eu pudesse sentir o vento morno
Tendo as janelas abertas numa noite fria
Olhando para o céu vendo estrelas cadentes
Completamente liberto das mesmices
Ainda assim o desejo premente de viver o belo,  a singeleza do simples estaria em mim
 
Eu quero um jardim bem florido pra me distrair!
Nas cores das flores aliviar minhas dores
Inalar seus perfumes, me intorpecer de alegria
Despojar-me da matéria estando com elas noite e dia
Quero ver crianças na rua brincando descalças
correndo pra lá e pra cá sem saber das horas
Sentir-me cansado como elas pra dormir nas nuvens
Sonhar voando num cavalo alado sobre o mar

E vindo o desânimo querendo abater-me,
quero encontrar um ancião com cadeira na calçada pra contar-me suas estórias do passado 
E com ele encontrar na saudade a vontade de viver
Num domingo de manhã bem cedo ir passear na praça da Matriz 
Cumprimentar as pessoas com um abraço e sorrir
Quero dar, sentir o calor humano com aqueles
que nunca vi

Com meus pulmões sentir a emoção de existir ao respirar
Quero elevar meus pensamentos ao Pai criador 
Contemplar a natureza me sentindo parte dela
Agradecer por estar aqui vivendo e aprendendo a amar.

Cláudio Reis 

 

  • Autor: Claudio Reis (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de março de 2022 20:18
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 17
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Mestre em.pastotrat pensamentos,você cria sinfonias verbais
    Você escuta sinfonias. No crescendo final,a aceleração da em explosão sonora semelhante a uma bomba e deixa nossa mente impactada. Se eu fosse musico,alcançaria o êxtase. Você poeta,compõe sem pensar,criando assim,arranjos verbais misteriosos,induz,- me ao êxtase! Chapéu!

  • Maria dorta

    Mestre em.pastotrat pensamentos,você cria sinfonias verbais
    Você escuta sinfonias. No crescendo final,a aceleração da em explosão sonora semelhante a uma bomba e deixa nossa mente impactada. Se eu fosse musico,alcançaria o êxtase. Você poeta,compõe sem pensar,criando assim,arranjos verbais misteriosos,induz,- me ao êxtase! Chapéu!



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