Faço um sinal
Um piscar discreto
Inalterado semblante
Despistes do jogo
Segue-se a mão
Faça-se de bobo
Passa a primeira
Cria-se a ilusão
Troca de olhares
Pra um lance certo
Sem se enganar
No melhor instante
A sorte é sutileza
Lamento, eu invento
Sinal de fraqueza
Para a sedução
Vale enganar
Isso é parceria
Um blefe com fé
Isso é uma mania
Vale meu perjuro
Deixa, eu sou o pé
A sorte me guia
Não se esqueça
Veio a espadilha
'Subindo no muro
Caindo de costa
Truco, seu bosta!'
Deixa de ser besta
'Lambari é pescado
Truco é jogado!'
É mão de manilha
Zap e copão
'É seis, ladrão!'
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de março de 2022 08:55
- Comentário do autor sobre o poema: É uma mão de Truco...
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 25
Comentários3
Nunca joguei truco !!!8
mas poetizou muito bem !
Grande poeta e amigo ,abraço .
gostei, ? uma poesia que nos faz refletir sobre o jogo 'da vids' um abraço poeta!
Obrigado, Corassis e Izabel, pela leitura e comentários!
Tentei fazer um poema retratando uma mão de truco, com a malandragem e astúcia dos jogadores em versos também malandros, bem como a forma divertida e despojada de tripudiar do adversário. É um jogo e uma brincadeira!
Abraço
Não entendo nada de jogo, mas o poema é divertido.
Até breve! Poeta Hebrom.
Leide, truco é diversão saudável que aproxima pessoas em divertida interação!
Eu gosto muito, apesar de não ser um jogador de primeira... rs
Abraço
Retratou tudo com criatividade lúdica. Apesar de não conhecer o jogo,achei que ele tem muito a ver com certas atitudes no jogo da vida onde quem for mais malandro e cheio de artimanhas ...sai ganhando. Aplausos!
Maria Dorta, tentei 'enganar' o leitor que inicia a leitura aguardando um tema e se depara com outro... rs Não sei se deu certo!
O truco é um jogo de cartas que costuma ser bem barulhento, disputado e divertido, e faz parte da nossa cultura mineira.
Se fosse nordestino a disputa seria mais ou menos assim, falando bem alto para intimidar e tripudiar do adversário: "Pode ficar azogado, é truco seu abestado!", e o outro confiante responde: "Avalie, não trapaceia! Deixa de ser brocoió, caba da pêia! É agora que você perde, é seis, cabra da peste!" E segue o jogo!
Abraço, amiga Maria Dorta!
Um dia quero participar desse jogo! Parece manero!
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