Claudio Reis

AS VEZES AINDA PENSO QUE ESTOU A TE ESPERAR

Houve um tempo em que fingiamos ter felicidade
Chovia o tempo todo, o céu era cinzento
Acordavamos distantes um do outro com o Sol sem brilho e calor
Sem o orvalho nos campos as manhãs eram frias e descoloridas 
O nosso amor estava velado, apático assim, igual as manhãs 
No tempo em que pensávamos ter felicidade nem os dedos apontavam as estrelas
Os ventos sopravam no fim das tardes e levavam embora as pétalas das flores
Pareciam distanciar ainda mais os nossos desejos, os nossos olhares 
Sempre ansiamos brincar como duas crianças felizes
Por muitas vezes ainda penso que estou a te esperar
Parece já não ter chegado com suas vestes alvas de inocência 
O beijo quente com os lábios bem trêmulos confirmam nosso encontro
Como demorou acontecer este sonho, este amor
Por muito tempo te esperei
Por muito tempo ficou sem vim.

Cláudio Reis 

  • Autor: Claudio Reis (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de Março de 2022 20:15
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13

Comentários2

  • Hébron

    Esse poeta é um romântico insuperável!
    Abraço, meu amigo

    • Claudio Reis

      Hébron amigo querido!
      Quanto bem me causas com suas palavras!
      Siga feliz.

    • Maria dorta

      Tua alma tem essa aura que as palavras exprimem,pintando com cores ora suaves, ora estonteantes todo teu vibrante sentimento. Nós,teus leitores,saímos ganhando e perfumados. Aplausos!

      • Claudio Reis

        Seus comentários são crônicas poéticas!
        Fico maravilhado com tanta consideração amiga poetisa!
        Abraços.

        • Maria dorta

          Não se trata de " consideração" poeta amigo! É puro reconhecimento pelo teu enorme e sensível talento. Ele se espalha em forma de palavras e belas metáforas, mexendo com nossas emoções primárias.



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