Sempre e sempre injustiçada.
Perseguida e humilhada.
Se és símbolo da criação...
Por que vir da costela do tal Adão?
Sempre e sempre rechaçada.
Ofendida e destratada.
Desconhecem teu coração.
Fazendo-te cumplice da tentação.
Sempre e sempre abusada.
De prostituta tachada.
E os adúlteros onde estão...
Se gabam de dar-te o pão!
Sempre e sempre explorada.
Ao casamento escravizada.
A uma simples certidão...
Para provar sua retidão.
Sempre e sempre tão cobrada.
A um podre lar devotada.
Forçada por convenção.
A uma triste escravidão.
Sempre e sempre enganada.
Traída e abandonada
Como acreditar então.
Em quem lhe jurou proteção?
Sempre e sempre apedrejada.
Nem no final santificada...
Somente na morte então.
Se liberta da prisão?
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 9 de março de 2022 08:48
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
Comentários3
Verdadeiro relato sobre as mulheres !
Parabéns , abraço .
Obrigado poeta, grande abraço.
Realidade de muitas mulheres. Gostei.
Boa tarde, Victor Severo.
Obrigado cara Leide.
Boa tarde.
Um poema crítico e necessário.
Parabéns, poeta
Sempre grato poeta.
Grande abraço.
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