Mas que ainda não seja necessário o pedido de socorro
Mesmo tendo sido tomado pelo oco deste tédio
Pelo martírio da mesmice
Por tudo aquilo que aguça o desânimo
Arrogar-se com o ímpeto da poesia
Mas quando a tempestade insistir continuar
Impedindo que se possa ver o sol
Tendo que pisar sempre o chão húmido e molhado
Diante à tanto desconforto e inquietação
Buscar compreensão na palavra teimosia
E ficando o mundo muito pesado
Onde não interesse mais ver as faces frias
Toda frivolidade de uma pseudo sociedade
Recuar, mas p'ra tomar impulso para o salto
Surrateiramente aquietar-se na toca da sabedoria
Acredito ainda não ser a hora de pedir socorro
O silêncio nunca dá errado nessas horas
Então ir meditando em meio à tudo isto
Colher as frutas no pomar lá do quintal
E entregar de vez esta intrépida vida para a poesia.
Cláudio Reis
- Autor: Claudio Reis ( Offline)
- Publicado: 23 de fevereiro de 2022 00:02
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários1
Belíssimo,
É , para ler e refletir...
E vamos continuando com nossas poesias, que do resto , nada somos donos...
Abraço Poético
Muito me alegro com seu comentário poetisa Helena!
Vamos viver e ser poesia!
Abraço poético.
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