Tanto discute-se os problemas neste lugar em que convivemos
Que os indivíduos se digladiam entre si
A fim de chegar,
Numa resolução convicta e cômoda.
Mas nada muda,
E essas adversidades apenas se amplificam com o tempo.
Já que há um apego aos conceitos racionais solúveis
Ao qual não gera frutos.
Mesmo assim, tentam tratar essas feridas abertas
Com estratégias fajutas repletas de efemeridades.
Sem ter um efeito que as solucione, de fato
Caindo no fracasso no qual se sobressai a devassidão.
Tornando-se perceptível o rumo que estamos tomando
Vivenciando um quadro notório e derradeiro
A qual deposita um crédito no decaimento,
Dos alicerces desta sociedade atual.
Que começa a ter uma exposição produtiva
Enquanto permanecemos inertes a isso.
Nos iludindo a cada instante acerca desse tema,
Pelas futilidades que consumimos
Nas cadeias midiáticas baseadas no hedonismo compulsivo.
Talvez, a única coisa que nos salve é a prática do silêncio
Vendo tudo desmoronando ao nosso redor.
Mantendo a integridade intacta,
Em tempos de despersonalidade.
Valorizando a conservação da essência
O qual desperta a autenticidade
Sem ter o desespero do amanhã,
Pois ele não nos pertence.
Visto que é apenas um sonho infundado
Entre os pensamentos líquidos
De um dia que ainda não culminou
Ou seja, é necessário viver o agora.
Antes que seja tarde, afinal
Devemos abrir caminho para que as ações desse momento
Possam ter um rumo corrente,
Esboçando o trajeto do futuro sombrio que nos aguarda.
-MDantas-
- Autor: M.Dantas (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de janeiro de 2022 12:37
- Comentário do autor sobre o poema: Depois de um certo tempo sem escrever e também tendo uma ausência nesse recinto, resolvi regressar. Trazendo comigo, algumas impressões de observância em meio a tudo o que anda ocorrendo dentre esses dias tão caóticos ao qual vivemos.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 21
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Comentários3
Retornou com amplitude poética. Nos provocando reflexões e ajustes. Cabe ao bom senso o peso justo e o equilíbrio. Assim como muitos, o poeta indica um caminho inteligente, é claro teremos que receber este texto, e pensar profundamente nos ensinamentos nele contido.
Em tempo; concordo com a prática do silêncio, causa realmente um barulho e incômodo.
Abraços!
Agradeço pelo seu comentário, Shmuel. E de certa forma, resolvi retornar pois gosto deste local já que me sinto acolhido por aqui. E sobre as suas observações acerca do que foi escrito por mim, penso da mesma maneira que a sua pessoa. Com o tempo e análise, essas palavras expressadas poeticamente por mim fazem sentido no cotidiano de quem as lê.
Um texto muito reflexivo! Há muito a se fazer é verdade. Infelizmente, eu acredito que tudo passa pela cultura. Há tempo para silenciar. Como disse Jesus: há tempo para semear e tempo para colheita. Um feliz domingo, muita inspiração!
Fico agradecido que tenha gostado da composição, Anny. E de certa forma, há muito a se fazer mesmo.
Entre pensamentos líquidos que se desfaz a cada fala, cada ato que não se concretiza.
Vive- se de um passado e um futuro inexistentes.
Esquecem que o Aqui e Agora é o tempo que realmente se produz.
Amei suas reflexões em forma de poesia e o grito do silêncio que produzirá muitas possíveis mudanças.
É! Hora de silenciar para melhor planejar!
Riquíssimo suas colocações!!
Abraço!!!!
Mônica
Agradeço pela leitura e apreciação, Mônica. E de certa forma, o silêncio é um ótimo fator de produtividade em tempos que muito se é falado e pouco praticado.
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